Steve Young foi um dos melhores quaterbacks que os fãs de NFL já viram jogar. Juntamente de Joe Montana, ele criou uma dinastia nos anos 90 para o San Francisco 49ers. Acompanhe conosco a sua trajetória.

História pessoal

Nascido em 11 de outubro de 1961 em Salt Lake City no estado de Utah, Steve foi criado em Connecticut, onde frequentou o colégio publico Greenwich High School. Young era considerado um atleta nato, passando por basquete, beisebol e futebol americano.

Steve Young é tataraneto de Brigham Young, um dos primeiros líderes da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ou Igreja Mórmon. Teve tem dois irmãos mais novos, Mike e Tom Young, que também jogaram como quarterbacks por BYU. Casado com Barbara Graham desde o ano 2000 ele tem duas filhas.

High School

Young era conhecido por seu porte atlético. Durante o ensino médio foi co-capitão dos times de basquete, beisebol e futebol americano. No football, ele teve a sua pior performance no high School, tendo 41% dos passes completados em duas temporadas como titular. Isso resultou em 1220 jardas.

Quando adolescente, representava Greenwich High School, onde teve média de 15 pontos por jogo, dando indícios da precisão como principal atributo. No entanto, no beisebol teve um aproveitamento nas arremessos de 39%. Young chegou até a fazer um “no-hitter” (quando o arremessador titular completa uma partida sem ceder nenhuma rebatida).

College/NCAA

Para nossa sorte, Steve Young insistiu e seguiu a sua carreira optando pelo futebol americano, sendo recrutado por diversas universidades e tendo sua ida quase certa para o programa de North Carolina University. Porém, no fim, decidiu escolher o programa da BYU (Brigham Young University), universidade que leva o nome do seu tataravô.

Em BYU, Young foi um considerado, nos dois primeiros anos, um jogador abaixo da média, conectando poucos passes a seus receivers. Nesta fase, ele jogou até mesmo de DB com o objetivo de dar um melhor destino para os seus talentos.

Em seu ano de sênior, Young novamente insistiu e retornou a posição de quarterback. Então, ele liderou BYU a uma temporada incrível com recorde de 11-1 no ano de 1983, quando passou para quase 4.000 jardas aéreas e fez 33 touchdowns. Além disso, foram quase 600 jardas terrestres e 71% dos passes completos. Ganhou diversos prêmios incluindo o Davey O’Brian Award (dado anualmente ao melhor QB da NCAA).

Carreira profissional na USFL

No draft de 1984, Steve Young tinha duas opções como futuro da carreira. Se declarar para o draft da NFL ou para a USFL. O Cincinnati Bengals declarou que selecionaria um quarterback na sua primeira rodada. Pela posição geral, obviamente seria Young, mas a proposta financeira não o agradou.

Já a USFL, uma liga concorrente a NFL na época, tinha como estratégia contratar os melhores jogadores universitários, e o Los Angeles Express fez uma proposta de 40 milhões de dólares. Com o maior contrato já oferecido para um jogador em esportes de equipes, convenhamos que é difícil recusar um montante como esse. Young jogou duas temporadas pelo time de Los Angeles, mas a equipe não era competitiva e ele teve números muito abaixo da média, com apenas 56,4% de seus passes completados, 16 touchdowns e 22 interceptações.

O contrato era basicamente válido por quatro anos. Após isso, Steve era livre para sair do time que, por sua vez, teria 43 anos para pagar todo o montante (ou até o ano de 2027). Young não chegou a usufruir desta condição, pois concordou em receber um valor estipulado e simplesmente anular o contrato.

A USFL falil (por motivos óbvios) e por dezenas de processos ganhos pela NFL.

Início de carreira na NFL

Em 1985 aconteceu o primeiro draft suplementar para os jogadores da CFL e USFL e o Tampa Bay Buccaneers utilizou a sua primeira rodada para draftar aquele que seria o futuro da franquia na Florida. Mas, novamente, não foi o que aconteceu, Young ganhou apenas 3 dos 19 jogos como titular e teve pífios 11 touchdowns, com 21 interceptações.

O time estava muita aquém do talento de Steve Young mas, mesmo assim, em 1987 a franquia selecionou Vinny Testaverde, o que resultou em um espaço para trade do QB. O San Francisco 49ers, um dos melhores times na época, ofereceu a 2ª e a 4ª escolhas no draft para ter um bom backup para o astro da época Joe Montana, que passava por diversas cirurgias e ninguém sabia como ele iria retornar.

A relação com Joe Montana

O Head Coach na época Bill Walsh viu em Steve Young um potencial substituto para aquele que era e ainda é considerado o maior jogador da franquia californiana. Nós já falamos sobre ele aqui.

Não havia disputa pela titularidade, afinal, em time que está ganhando não se mexe. Mas Young teve a oportunidade de aprender e ampliar o seu talento entre os anos de 1987 a 1990 entrando em poucos jogos em que Joe se lesionava. Entretanto, ele era um backup super confiável, atendendo as expectativas quando vestia os pads.

A titularidade nos 49ers

No jogo pelo título da NFC da temporada de 1990, Joe Montana acabou lesionando o punho, o que o tirou da temporada seguinte. Então Steve, considerado pronto, assumiu a liderança dos Niners.

Em 1991, Steve Young iniciou uma sequência de ratings acima de 100, que durou até 1994. Em 1992, Steve fez a sua melhor temporada. Como resultado, foi eleito MVP com um rating de 107, passou para 3.465 jardas, 25 TD e apenas 7 interceptações. Além disso, ele desenvolveu muito a sua capacidade de conquistar jardas com as pernas.

No entanto, o staff teria que tomar uma decisão muito difícil na temporada seguinte. O próprio dono dos 49ers pediu o retorno de Joe Montana, o que dividiu a equipe. Afinal, como que se coloca o MVP no auge da carreira no banco?

Mas Joe deixou a decisão mais fácil ao pedir para ser trocado e foi parar em Kansas City Chiefs tornando-o competitivo.

Então, Steve Young seguiu como líder da equipe até a sua aposentadoria, continuando o legado de seu companheiro e tornando o San Francisco 49ers o time a ser batido.

Super Bowl XXIX

Quer saber de verdade quem foi Steve Young? Basta assistir o SuperBowl XXIX da temporada de 1994, que aconteceu em Miami.

Steve Young fez aquela que é considerada a melhor partida de um quarterback, passando para 6 touchdowns. Isso rendeu a vitória por 49×26 sobre o San Diego Chargers, o que obviamente lhe rendeu o título de MVP do SuperBowl. Confira o recap aqui, vale cada segundo.

Os números de Steve Young

Os números de Steve Young impressionam, principalmante pelo rating que demostram a capacidade de precisão em seus passes. Confira:

– Rating de 96,8 (carreira);

– 43 TDs terrestres (melhor marca de um QB);

– Seis (6) passes para TD em um SuperBowl;

– 7 vezes escolhido para o ProBowl (1992. 1993, 1994, 1995, 1996, 1997 e 1998);

– 3 vezes eleito para o All-Pro Team (1992, 1993 e 1994);

– 2 vezes MVP da NFL (1992 e 1994);

– 3 vezes campeão do SuperBowl (XXIII, XXIV e XXIX);

– MVP do SuperBowl XXIX;

– 4 vezes líder da NFL em jardas aéreas (1992, 1993, 1994 e 1998);

– Hall da Fama (2005).

Fim de carreira

Assim como o seu antecessor, as lesões ao longo dos anos foram minando a capacidade do ídolo do 49ers. Em 1999. após um sack na quarta semana, ele sofreu uma concussão séria que o tirou da temporada. A aposentadoria então seria o caminho óbvio, já que San Francisco anunciou que caso ele não se aposentasse seria dispensado da franquia. Ele ainda recebeu uma oferta do Denver Broncos, mas preferiu se aposentar como ídolo.

O jogador perfeito

Steve Young teve uma carreira curta, se comparada jogadores desta posição. Lançador canhoto, Young ficou famoso por seu scramble e suas habilidades correndo. Para resumir, ele teve a terceira melhor marca, com 112,8 de rating em uma temporada (1994), perdendo apenas para Peyton Manning e Tom Brady. Contudo, entre quarterbacks com pelo menos 1500 passes tentados, Young tem o melhor rating de carreira da NFL com 96,8.

Ele recebeu a horária de ter a camisa #8 aposentada pelo San Francisco 49ers, sendo um dos mairores ídolos da franquia californiana.