Nesta semana, os Texans optaram por seguir seu caminho sem Bill O’Brien, que vinha atuando como treinador principal e General Manager da equipe.
O’Brien vem de duas temporadas sólidas e com participações em playoffs em ambas. Mas o problema foi o que ele fez extra campo desde quando assumiu o posto de General Manager em janeiro. Suas principais decisões foram duramente criticadas pela torcida e pela ríspida imprensa texana. A troca de DeAndre Hopkins faz cada dia menos sentido (tanto pela performance do receiver como pela performance de David Johnson, produto da negociação para os Texans).
Além disso, o negócio com os Dolphins por Kenny Stills e Laremy Tunsil, em que os Texans enviaram duas escolhas de primeiro round e uma de segundo, prejudica (e muito) o futuro de uma franquia com um talento baixíssimo nas skill positions (não falo “nenhum talento” em respeito ao Deshaun Watson). A renovação de contrato desse mesmo Laremy Tunsil (agora o OL mais bem pago da NFL), já se mostra um dinheiro jogado fora.
Mesmo após dois bons anos de playoff, para mim, o legado que Bill O’Brien deixa é: “Não quis pagar DeAndre Hopkins para pagar Laremy Tunsil”.
Estes são tempos que o torcedor do Houston Texans quer esquecer. Então, vamos olhar para o futuro e analisar quem melhor se encaixa comandando Deshaun Watson e companhia:
Josh McDaniels
Josh McDaniels seria uma das escolhas mais fáceis e óbvias para assumir o comando do Houston Texans nesse momento. Isso, não só pelo fato de sua experiência atual (e inegavelmente positiva) com os Patriots ao lado de Bill Belichick, mas também por ter trabalhado com Jack Easterby – pessoa na franquia hoje com maior poder de decisão – de 2013 a 2018. Vale ressaltar que Josh já teve uma experiência como Head Coach dos Broncos nos anos de 2009 e 2010.
Não é loucura cogitar que os Texans tentem produzir um “Patriots 2.0” escolhendo McDaniels como sucessor de O’Brien.
Eric Bieniemy
O homem que transformou o ataque dos Chiefs (junto com Mahomes, é claro) é o coordenador que mais merece sua primeira oportunidade como Head Coach. Bieniemy virou coordenador ofensivo dos Chiefs em 2018, ano que a equipe teve mais jardas por jogo e pontos do que qualquer outra equipe na NFL. Bieniemy já mostrou que ele consegue fazer coisas incríveis com um QB de elite à sua disposição. Mas será que a complicada situação do salary cap, a ausência de picks no draft deixam o cenário encorajador para um Head Coach de primeira viagem? Será que os Texans dariam tempo para Bieniemy trabalhar?
De todas as opções possíveis, eu imagino que esta seja a melhor para o futuro dos Texans, mas é preciso ter ciência que se o selecionado for mesmo Bieniemy, a equipe de Houston entrou em “modo reconstrução”.
Dabo Swinney
Se McDaniels é a opção mais óbvia e Bieniemy é a melhor para o futuro da franquia, a contratação de Dabo Swinney seria a melhor história destas três, marcando a reunião entre Swinney e Deshaun Watson. Mas, por outro lado, sabendo que não é só de histórias bonitinhas que vive a NFL, Dabo é um vencedor nato, o que iria repaginar a cara que os Texans adquiriu em 2020. Além de ter sido o treinador de Watson no College, como já citado (comparando, inclusive, Watson com Michael Jordan), Swinney também tem proximidade com Jack Easterby. Isso então poderia facilitar um contato entre os dois.
Entretanto, não vai ser fácil tirar Swinney de Clemson. Ele é o treinador mais bem pago do College Football (US$ 9 milhões ao ano) e construiu um projeto incrível na faculdade. Por fim, mostrou insatisfação quando questionado sobre a abertura do cargo de treinador dos Texans.
E você, leitor, o que pensa sobre os futuro dos Texans? Deixe o seu comentário ou então entre em contato.
