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Por
Rômulo Ruggeri
A offseason dos Giants foi muito movimentada até agora e temos muitas coisas para analisar até o início da temporada regular. E para dar a largada, falarei sobre 6 cenários para um ano melhor que, se derem certo, os torcedores dos Giants finalmente terão motivos para ficarem felizes no final do ano.
6 – Secundária entre as melhores da liga
Começo por aquilo que acredito ser o ponto forte desse time. Muito se falou nessa offseason sobre a necessidade da franquia investir em pass rush, mas você sabia, torcedor, que os Giants terminaram empatados em 12º em total de sacks na temporada passada? Isso se deve muito ao trabalho feito com a secundária da equipe.
Logan Ryan, Jabrill Peppers e James Bradberry terminaram a temporada passada em alta. A posição de CB2, que era o calcanhar de aquiles da secundária, foi resolvida com a adição do talentoso Adoree’ Jackson.
Além disso, esperamos o salto de qualidade nos dois segundo anistas Xavier McKinney e Darney Holmes. Por fim, a adição de Aaron Robinson na terceira rodada desse draft promete colocar uma intensa disputa por posições, o que só pode ser bom em termos de resultados.
Embora muito jovem, essa secundária tem todos os recursos para se colocar entre as 5 melhores da liga esse ano. E o melhor? Patrick Graham continua na casa para comandar mais uma vez essa defesa.
5 – Saquon Barkley
Perder o principal jogador ofensivo na semana 2 da temporada passada foi um verdadeiro soco no estômago do torcedor e nos planos da nova comissão técnica. Certamente o ataque estava sendo construído ao redor desse jogador e perdê-lo tão cedo foi o princípio do caos.
A boa notícia é que Barkley está se recuperando. A notícia ruim é que ainda não sabemos ao certo quando Barkley estará 100% disponível. Pelas movimentações da offseason, a minha aposta é que não contaremos com ele pelo menos nas 4 primeiras partidas, onde ele deverá aprimorar a parte física. Geralmente a lesão sofrida por Barkley demanda em média 1 ano de recuperação.
A questão é: Se Barkley voltar e jogar próximo ao que apresentou em seus dois primeiros anos, o ataque terá um dos jogadores mais versáteis da liga para trazer o caos aos DBs e LBs adversários.
E é válido ressaltar que o jogo terrestre dos Giants esteve entre os melhores na segunda metade da temporada, tudo isso com Wayne Gallman que mesmo jogando bem recebeu um contrato de um ano dos 49ers ganhando o valor mínimo. Com Barkley em campo e saudável, resgataremos a nossa principal arma ofensiva.
4 – Retorno sobre o investimento
A free agency dos Giants foi movimentadíssima. Inúmeras aquisições, contratos caros para todos os lados e muita expectativa gerada. Foram nada mais, nada menos que US $125 milhões dados em 4 longos contratos. Kenny Golladay, Adoree’ Jackson, Kyle Rudolph e a renovação de Leonard Williams colocaram a franquia dentro do limite de Salary Cap deste ano.
É certo dizer que a franquia não distribuiu toda essa grana simplesmente porque ela é generosa demais. Aliás, muitos dizem que esses contratos estão acima do ideal.
Mas não é isso que acontece na Free Agency (over pay)? Golladay está entre os melhores WR em bolas contestadas, Jackson foi colocado (junto com Bradberry) entre os 15 melhores CBs da liga pela PFF e Rudolph tem zero drops na temporada passada na EndZone.
Se essa produção se mantiver, certamente teremos um grande aumento de qualidade em ambos os lados do jogo. Basta lembrar o quanto a franquia sofreu com CB2, com a pior separação dos WRs da liga e com os drops de Evan Engram.
3 – Evan Engram se apresenta para a NFL
Quem acompanha meus textos sabe o quanto eu tenho criticado esse jogador ultimamente. Mas para ser justo com Engram, uma coisa ele conseguiu satisfazer na temporada passada. E foi pela sua disponibilidade. Pela primeira vez em quatro anos, Evan Engram conseguiu jogar a temporada inteira sem sofrer com lesões.
Mas foi só. Engram teve 8 drops (entre os piores da liga no quesito) onde 3 deles culminaram em interceptação na conta de Daniel Jones e um deles deu a oportunidade dos Eagles voltarem a campo e ganharem a partida na Philadelphia.
Muitos dentro da franquia continuam tendo esperança de que Engram possa dar um salto de qualidade. Principalmente porque ele tem sido usado mais em bolas profundas, sua principal arma contra os LBs visto que ele é muito veloz.
Aliás, manter um jogador que custará mais de US $6 milhões no Salary Cap mesmo produzindo de forma tão irregular será umas das principais apostas da franquia.
Mas vale lembrar que os Giants adicionaram mais armas ofensivas que deverão tomar alguma atenção especial das defesas adversárias. Possivelmente veremos um Engram mais à vontade em campo e talvez ele traga a tão sonhada produção que todos esperam.
2 – A OL fará Gettleman parecer genial
Todos lembram das grandes dificuldades que a OL dos Giants teve nas 5 primeiras partidas do ano passado. Aliás, Andrew Thomas foi o principal alvo de críticas por ter sido o pior entre os 5 OTs escolhidos na primeira rodada do draft.
Porém, é válido ressaltar que Thomas iniciou os treinamentos ano passado como RT, enquanto tínhamos Nate Solder como LT. Com a confusão de treinamentos por conta da pandemia e a escolha de última hora por não jogar de Nate Solder, forçou a mudança de Thomas para o lado esquerdo. O desastre no início foi inevitável.
Mas a segunda metade da temporada foi promissora. Pelo menos quanto ao jogo terrestre. Os Giants passaram de um dos piores times correndo com a bola na primeira metade para uma das melhores na segunda metade. Tudo isso por conta da melhora na linha.
Além disso, o argumento é de que foram selecionados 3 jogadores de OL no draft de 2020 e que é preciso ver o que os garotos podem fazer no seu segundo ano de NFL, onde geralmente os jogadores dão um salto de rendimento.
Nesse caso, se realmente eles conseguirem progredir, manter o desempenho no jogo terrestre e conseguir melhorar no bloqueio para o passe, pode ser que Gettleman termine a temporada fazendo um bom trabalho.
1 – Daniel Jones vira a chave
Óbvio que ele não ficaria de fora. Aliás, nada disso que foi dito fará diferença se Daniel Jones não conseguir conduzir essa equipe às vitórias. DJ conseguiu melhorar um pouco em seus turnovers, mas caiu drasticamente em termos de produção.
Vale lembrar que o ano de calouro de DJ teve, em termos de produção ofensiva, números expressivos. Mas foram enterrados por conta de seus problemas dentro do pocket e seus intermináveis turnovers.
Se Daniel Jones reencontrar sua produtividade e continuar evoluindo na proteção da bola, quem sabe paramos de olhar só para as coisas ruins e começamos a ver também o que ele tem de bom a oferecer?
Uma boa temporada da franquia está totalmente ligada a esse jogador. Se ele continuar inconsistente no pocket, demorando para tomar decisões, turnovers em excesso e, principalmente, sendo o principal problema da franquia para chegar às vitórias, a próxima temporada promete um novo QB. Se não, a franquia tem tudo para reencontrar o caminho das boas temporadas.
E aí torcedor, o que vocês esperam para a próxima temporada? Entre em contato e deixe o seu recado.
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