A posição de Wide Receiver costumava ser umas das que mais demoravam para se adaptar à liga, tendo, em média, 3 anos para se colher frutos. Com as ligas universitárias cada vez mais profissionais e com uma competição cada vez mais em alto nível, esses jogadores chegam ainda mais preparados para a liga.
O melhor exemplo disso foi o draft de 2014. Mike Evans, Odell Beckham Jr, Sammy Watkins e Brandin Cooks saíram na 1ª rodada do draft para ter impacto imediato em seus times. E olha que ainda tivemos o Davante Adams na segunda rodada. A propósito, o draft desse ano promete uma classe de WR muito competitiva, fique de olho.
Quanto às características, força e velocidade foram, por muitos anos, os atributos mais desejados pelos olheiros. No entanto, cada dia vemos mais jogadores que são velocistas em linha reta e que não são bons em mudar a direção, caindo consideravelmente no draft. Os ataques estão cada dia mais baseados no timing de passes e esses jogadores precisam se desprender de marcações cada vez mais habilidosas.
O jogo de passes da NFL tem utilizado muito o “quick-hitting route”. Trata-se de uma espécie de rotas curtas e rápidas geralmente feitas numa rota “slant” ou em rotas “out“. Como resultado, diminui a necessidade de velocidade e aumenta a demanda por jogadores capazes de produzir rotas perfeitas com grande aceleração.
A velocidade nessa posição nunca deixará de ser um atributo importante. Afinal de contas, grandes velocistas costumam trazer grandes dores de cabeça para os coordenadores ofensivos. Porém, na NFL de hoje, a aceleração acaba sendo muito mais importante principalmente em cortes de rotas ou pequenas pausas antes de retomar a rota.
As 3 principais características do Wide Receiver
Vencendo a pressão
A comunidade de olheiros da NFL quando analisa as jogadas dos calouros Wide Receivers, se dedica muito às jogadas realizadas contra o “man press coverage“. Essa é uma pressão feita pelo defensor ainda na linha de scrimmage para atrapalhar ou atrasar ao máximo a execução da rota de um WR.
Esse tipo de pressão os calouros não vêem com grande intensidade na liga universitária e, como resultado, ao chegar na NFL acabam se deparando com marcadores muito experientes. Um WR incapaz de vencer rapidamente essa pressão inicial pode perder lugar na NFL.
Route running (execução de rotas)
Os WRs que conseguem sucesso mais rapidamente na NFL costumam executar todas impecavelmente. Não basta dominar todas as rotas e saber como executá-las, o Wide Receiver precisa fazer isso com velocidade e, principalmente, aceleração para que ele não perca velocidade ao quebrar suas rotas.
Wide Receivers excelentes em “route running” costumam repetir inúmeras vezes diversas rotas para que seu quarterback aumente a sua precisão e, consequentemente, saiba exatamente onde esperar seu WR em um lançamento. Isso porque os defensive backs na NFL costumam ser muito espertos a ponto de ler as rotas do adversário para se antecipar.
Para ter rotas mais rápidas, é necessário muita repetição. Ou seja, quanto o maior número de repetições, mais o entrosamento entre Wide Receiver e Quarterback.
Ball Skills de um Wide Receiver (Habilidades com a bola)
Seria maravilhoso se todo WR conseguisse facilmente ter separação de seus marcadores, não é mesmo? Mas isso na maioria das ocasiões não é o que acontece no jogo e o WR precisará contar com suas habilidades nas disputas pela bola para ganhar a recepção.
Jogadores como DeAndre Hopkins possuem “ball skills” perfeitos, o que o torna muito competitivo na disputa de uma bola. “Ball skills” nada mais é do que uma combinação de habilidade atlética em que o WR utiliza o seu corpo para se colocar numa melhor posição na disputa com um defensor, combinada com mãos confiáveis o suficiente para segurar bolas contestadas.
E aí, caro leitor? Gostou de saber um pouco mais sobre o que faz diferença na escolha de um Wide Receiver? Então deixe seu comentário ou utilize nossos canais de contato.
