Chegamos com a semana 2 do Play no Bar com o assunto que dominou as últimas semanas na NFL. Depois de dias de sucesso da NFL no Brasil, a liga deixa o país com boas sensações. Mas será que esse evento se tornará recorrente e o Brasil terá um lugar cativo entre os International Games? Ou a vinda de Eagles e Packers foi apenas uma paixão arrebatadora que surgiu no verão norte-americano? O time TrickPlay deu a sua opinião sobre o tema. Confira abaixo:

NFL no Brasil: Uma história de amor ou paixão de verão norte-americano?

Matheus Silva (Analista TrickPlay e torcedor do Seattle Seahawks)

Impossível negar que o final de semana em São Paulo foi um sucesso. Tudo correu bem durante o evento, as fan fests muito elogiadas e uma plateia apaixonada como é característica do brasileiro. Dentro de campo, tivemos atletas satisfeitos e um jogo de altíssimo nível. Não vejo nenhum ponto negativo referente ao espetáculo. Nem mesmo o gramado. Ok, o piso não estava nas melhores das condições, mas os nossos amigos estadunidenses deviam olhar para o próprio umbigo, sendo que o gramado do MetLife Stadium é responsável pelas mais graves lesões sem contato na liga.

Mas, como não é segredo, o que vai decidir o futuro e a longevidade da NFL no país é o dinheiro. Se o retorno financeiro for semelhante aos de Londres e Munique, podemos esfregar nossas mãos, porque se tornará um evento recorrente em nosso país.

Mayara Leticia (Analista TrickPlay e torcedora do Denver Broncos)

Para mim foi um caso de sucesso sim. Não fui ao jogo mas vi relatos que a loja estava sempre cheia, que a cerveja acabou cedo e que o sinal das máquinas estava congestionado de tanta gente gastando. O brasileiro deu o nome e mostrou que é sim um público que ama “o outro futebol”. O medo dos jogadores se provou algo “bobo” uma vez que estamos acostumados a grandes eventos após vários festivais com grandes nomes da música, olimpíadas e Copa do Mundo com os maiores nomes do esporte.

Claro que temos coisas a melhorar e o gramado faz parte da adaptação, assim como Wembley também sofreu no começo. Mas, no geral, acredito que conquistamos o coração e o bolso dos americanos e eu aposto sim em mais jogos aqui no futuro.

Ismar Ávila (Colaborador do TrickPlay e torcedor do Chicago Bears)

Uma história de amor, sem dúvida. Mas como toda boa história de amor, alguém está amando mais que o outro. Um dos lados está perdidamente apaixonado (o Brasil e os fãs brasileiros) e o outro tá ficando, até gostou, mas olha pro vizinho gato caliente ali do lado (meti o caliente pensando no México), ou se encanta pelo charme do rico europeu que lhe oferece uma vida de luxo!

A história clássica… O apaixonado faz tudo, move mundos e fundos, oferece a vida, mas não é correspondido na mesma medida de paixão. Talvez ela, a cortejada NFL, seja uma interesseira (vai se entregar pro dinheiro europeu?). Talvez queira mesmo um amor que faça o sangue ferver (com o bad boy mexicano).

Mas a gente torce pra que ela tome a decisão racional, escolha uma boa vida de família de margarina, se case com o bom moço Brasil e seja feliz para todo o sempre!

Romulo Ruggeri (Analista TrickPlay e torcedor do New York Giants)

O evento no Brasil, de fato, foi um verdadeiro sucesso. Só discordo da parte da grana. Acho que a NFL não está preocupada com dinheiro nesse momento. Penso que esse lance de internacionalização tem mais foco na aquisição de mídia a longo prazo.

A maior grana da NFL é de TV, disparado. Então, eu acho que a ideia é conquistar mais amantes do jogo a longo prazo para ter melhores contratos televisivos no futuro.

Thiago Miguel (Editor chefe do TrickPlay e torcedor do Pittsburgh Steelers)

No momento, paixão de verão. Para mim, está muito claro que a NFL irá testar novos mercados antes de tomar uma decisão definitiva sobre qual país receberá a liga de maneira constante, como acontece hoje em dia com Inglaterra e Alemanha.

Temos alguns países importantes na iminência de receber um jogo. A Espanha já está confirmada para 2025. A Irlanda e o México parecem os próximos. Ainda temos mercados em potencial na África (Nigéria e Gana), Oceania (Austrália e Nova Zelândia), Ásia (China, Japão e Coreia do Sul) e, até mesmo na América do Sul (Argentina e Colômbia).

Ou seja, não é querer ser pessimista e jogar água no chope da galera, mas o projeto precisará ser vem convincente para que a NFL volte ao Brasil em breve. Não há dúvidas sobre o sentimento do brasileiro, mas Roger Goodell vive afirmando que quer transformar a NFL em um esporte global. Insistir no mesmo mercado seria algo contraditório sob essa perspectiva.

E aí, torcedor? O que achou do Play no Bar da semana 2? A NFL no Brasil foi um sucesso na sua opinião? Deixe o seu comentário ou então entre em contato conosco.