Essa foi uma offseason que eu acabei concordando com muitas das decisões tomadas por Dave Gettleman e Joe Judge. Grandes investimentos no grupo de recebedores, ajustes na secundária e até mesmo a escolha de Kadarius Toney, que eu discordei muito no dia do draft mas acabei aceitando melhor depois de entender o propósito, foram as principais movimentações e são compreensíveis.
Mas para variar, começamos a temporada com diversas incertezas. Inúmeros jogadores parecem “meio baleados” fisicamente no setor mais crítico da última temporada, o ataque. Além disso, a OL foi deixada de lado na crença de que a equipe tinha as peças certas. Mas há 10 dias de começar a temporada os Giants trocaram BJ Hill com os Bengals pelo center Billy Price. Além disso, mandaram para os Ravens algumas picks de terceiro dia pelo guard Ben Bredeson e, por fim, trouxeram para o practice squad o center, também dos Ravens, Matt Skura. Estranho, não?
Porém, o pior pra mim não está em tudo isso que escrevi. Mas sim na contratação e insistência por Nate Ebner. Um safety extremamente competente para jogar em times especiais mas totalmente descartável para jogar na defesa. E hoje, esta contratação motivou minha opinião sobre coisas que eu não consigo entender nos Giants.
Quem é Nate Ebner e por que Joe Judge ama ele?
Nate Ebner é um atleta que jogou pela seleção americana de rugby já no seu primeiro ano na universidade de Ohio State. Porém, em seu segundo ano na universidade, ele começou a jogar futebol americano e rapidamente se destacou em times de especialistas. Ebner terminou sua carreira universitária com premiações em times especiais e sendo draftado pelos Patriots na sexta rodada do draft de 2012.
Caso você não saiba, Joe Judge trabalhou na equipe de especialistas dos Patriots desde 2012 se tornando coordenador da equipe em 2015. Nate Ebner rapidamente virou o braço direito e principal jogador da equipe de especialistas dos Patriots até o seu término de contrato em 2019.
Assim que Joe Judge assinou com os Giants, uma das primeiras coisas feitas por ele foi assinar com Ebner. Nessa ocasião, não me importei por pensar que este era um jogador de confiança e nada melhor do que começar um trabalho com pessoas que você confia no seu entorno, certo?
Por que eu tenho implicância com Nate Ebner?
Pois bem, a temporada se desenrolou e, de fato Ebner é muito impactante nos times de especialistas. Mas ao longo da temporada passada, e com diversas lesões afetando a equipe, Ebner teve que atuar em 43 snaps defensivos como safety. Nate simplesmente é incapaz de jogar na defesa e isso, ao meu ver, se torna um peso muito grande para a equipe.
Os Giants investiram nas aquisições de Gary Brightwell, no draft, Cullen Gillaspia, na FA e em uma troca com os Texans pelo CB Keion Crossen. Todos jovens jogadores que tem em sua principal característica a qualidade em equipes especiais. Além disso, hoje a equipe conta com Cam Brown como o principal jogador do time de especialistas. O problema é que, somando Ebner, teremos 5 jogadores que terão praticamente zero snaps nos times de ataque e defesa.
E considerando que temos 3 jogadores que precisam de espaço quando saírem na IR ou lista de PUP (John Ross, Aaron Robinson e Elerson Smith), Ebner passa a ser um peso ainda maior, pois a equipe deve cortar 3 jogadores para a entrada desses lesionados.
Enfim, espero que Judge saiba o que está fazendo e que a equipe consiga dar o salto esperado esse ano. E para encerrar, a assinatura de Ebner pelo menos traz uma notícia boa. Para a sua entrada, os Giants tiveram que cortar um jogador e o escolhido foi o WR CJ Board. Isso deixa a equipe com apenas 5 WR no roster para o jogo contra os Broncos, sinal que Golladay e Toney, jogadores que não atuaram em nenhuma partida na pré-temporada por lesão, devem ir para o jogo na semana 1.
E aí torcedor, o que você pensa sobre o excesso de jogadores de equipes especiais formada por Joe Judge? Entre em contato e deixe a sua opinião.