Giants – Pontos fortes e fracos da semana 6

Foto: Robert Deutsch | USA Today Sports via NY Times

Fala galera! Finalmente a vitória veio. Foi apertado, no sufoco, jogando mal, mas veio. Jogando em East Rutherford, NJ, os Giants venceram o Washington por 20×19. Vamos aos pontos fortes e fracos da semana 6.


Pontos fortes


Patrick Graham

O coordenador defensivo dos Giants conseguiu adaptar o modelo tático do time para se adequar às inúmeras lesões. A formação base da defesa é o 3-4, apresentando variações para o 4-3 em alguns momentos. Com a perda dos OLB titulares Lorenzo Carter (fora da temporada) e Oshane Ximines (na IR por mais duas semanas), Graham adaptou a função de Leonard Williams para a posição de DE no esquema 4-3.

A dúvida era se Williams, acostumado a atuar no interior da linha, conseguiria atacar o QB adversário correndo por fora. O resultado da adaptação foi uma atuação segura de Williams e uma partida razoável da defesa.


Matt Peart

O grandalhão Matt Peart (2.01m) estreou como titular esse fim de semana na posição de Left Tackle. O calouro escolhido na terceira rodada do draft deste ano substituiu Andrew Thomas na primeira metade do jogo.

Apesar de Thomas ser o tackle que mais cede pressão aos adversários na liga, sua ausência não foi técnica e sim disciplinar. Andrew Thomas chegou consideravelmente atrasado para uma reunião do time no sábado e Joe Judge não hesitou em colocá-lo na reserva. 

Na segunda metade da partida, Andrew Thomas voltou para a titularidade e revezou alguns snaps com Matt Peart. Pode ter sido coincidência, mas o time sofreu apenas um sack e cedeu 5 pressões em 20 dropbacks de Daniel Jones.

Porém, nada deve mudar com relação a Matt Peart ser preparado para assumir em breve a função de RT. Aliás, fica a dúvida em saber quanto mais Cameron Fleming se manterá titular na posição de RT.


Tae Crowder

Tae Crowder foi o último jogador draftado pelos Giants e pela liga. Caso você não saiba, o último jogador draftado é chamado de “Mr. Irrelevant”, isso porque geralmente esse jogador não rende na liga e cai no esquecimento. Ou seja, costuma ser uma escolha irrelevante.

No entanto, a história de Crowder tem sido muito interessante nessas últimas semanas. Contra o rival do Texas ele havia jogado alguns snaps, principalmente os que envolviam cobertura, tentando aproveitar a sua velocidade.

Aliás, David Mayo, que voltou de lesão nesse fim de semana, seria o titular natural na função de ILB ao lado de Blake Martinez. Mas não foi o que aconteceu. Patrick Graham apostou em Crowder e ele terminou a partida com 10 tackles combinados (perdendo apenas para o tackle machine Martinez, com 16) e retornando para TD um fumble forçado por Kyler Fackrell.

Fica a torcida para que ele seja irrelevante para o draft, mas cada vez mais relevante para o time. 


Pontos fracos


Ataque

O jogo terrestre dos Giants tem subido um degrau a cada semana. No entanto, o jogo aéreo não consegue desenvolver uma boa partida. Daniel Jones tem alguma culpa nisso sim, mas não é só ele o problema. Darius Slayton é o único que consegue efetuar rotas rápidas e ganhar espaço para receber passes. Golden Tate vive uma fase muito abaixo do que esperamos dele e Sterling Shepard continua fora devido a lesão. 

Além disso, Evan Engram reveza momentos bons e ruins em todas as partidas. E, para completar, toda a semana o time busca revezar os WRs do practice squad para ver se algum consegue dar uma resposta no modelo de jogo do time. Fica nítido, pra mim, que a próxima offseason será um trabalho para oferecer alguns playmakers ao Daniel Jones (se ele continuar sendo o QB da franquia, obviamente).

Situações de RedZone

Mais uma vez o ataque em foco aqui. No jogo deste domingo, foram 3 momentos em que o time esteve na redzone e não converteu nenhum touchdown. Aliás, duas dessas situações viraram apenas field goal e uma delas foi uma interceptação miserável de Daniel Jones


Defesa nos últimos 2 minutos

Cada vez que vem o two minute warning, a defesa dos Giants entra em colapso. Essa é uma situação que se repetiu contra Steelers, 49ers, Cowboys e Washington. Sofrer TDs no final do primeiro e do segundo tempo costuma ser devastador. Aliás, no jogo desta semana, quase perdemos a partida nos segundos finais. Ron Rivera tentou a conversão de 2 pontos ao invés de tentar empatar o jogo e levá-lo para a prorrogação. 


Daniel Jones

Essa semana eu quase não tive motivos para escrever dele. A partida estava equilibrada e apesar de DJ não estar num dia inspirado, os turnovers estavam controlados. Mas no início do quarto período, em rara pressão de Chase Young na partida, Daniel Jones tentou se livrar da bola jogando para o fundo da endzone e foi interceptado por Kendall Fuller.

Foi uma jogada muito parecida com o que vimos na primeira partida contra os Steelers. Daniel Jones consegue um ótimo drive, levando o time até a redzone, porém, no momento de se consagrar, ele acaba entregando a bola para o adversário.


Considerações finais


Joe Judge

Ainda não sabemos aonde Joe Judge pode chegar como Head Coach. Tão pouco temos certeza de suas qualidades como líder de uma comissão técnica e capacidade de conduzir o time aos playoffs. São apenas 6 jogos e ainda é cedo para avaliar o que ele é capaz de trazer aos Giants. Mas uma coisa é certa: a franquia, os jogadores e a imprensa local adoram esse cara. 

Ao término da partida no vestiário, é comum o Head Coach chamar a palavra para dizer algumas coisas e, no final, presentear um jogador com “a bola do jogo”. Daniel Jones chamou a palavra nessa última partida e presenteou Joe Judge com a bola do jogo. Além disso, a imprensa inúmeras vezes destaca o quanto Judge não é um HC de esquema de jogo, e sim um HC preocupado em melhorar fundamentos elevando o nível técnico de jogo de seus jogadores. 

Joe Judge merece essa menção não pelo que fez em campo, mas sim para o que ele representa para a franquia nesse momento.


Linha Ofensiva

O jogo terrestre dos Giants começa a dar sinais de lucidez. Além disso, os bloqueios para proteção de Daniel Jones foram melhores nessa partida. O time como um todo sobe um degrau de cada vez para buscar ser mais competitivo e a OL conseguiu deixar de ser horrorosa nessa última partida. Porém, ainda não chegamos em um nível aceitável e precisamos continuar crescendo.

E aí galera, alguma consideração sobre esse último jogo dos Giants? Entre em contato conosco.

Rômulo Ruggeri: 35 anos, torcedor do New York Football Giants. Grande adepto de sua equipe, Rômulo já esteve no MetLife Stadium. Acompanha a NFL desde que as transmissões se iniciaram no Brasil. Sempre por dentro das particularidades da liga, também é bastante participativo nas análises dos times e jogadores.
Posts relacionados