Giants – Pontos fortes e fracos da semana 4

Foto de Ashley Landis/Associated Press

Fala galera, vamos pra mais uma semana de análises do jogo dos Giants. Essa semana o time foi a Los Angeles para enfrentar os Rams e, como imaginado, saiu de lá com uma derrota por 17×9. Ganhando ou perdendo (ou no caso dos Giants, perdendo ou perdendo), estamos aqui para colocar aquilo que teve de bom e de ruim na partida.


Pontos Fortes


Defesa

Em quatro jogos até agora, esse é o terceiro em que a defesa tem uma boa atuação. Sean McVay havia dado uma declaração, na semana passada, de que enfrentar a defesa dos Giants seria um desafio doloroso para o seu time. E de fato foi. Patrick Graham conseguiu controlar muito bem o jogo terrestre adversário, cedendo apenas 59 jardas e forçando, muitas vezes, Jared Goff a procurar suas segundas ou até terceiras opções para passe. 

Como resultado disso, Jared Goff, que havia conseguido um jogo de recuperação muito interessante diante da ótima equipe dos Bills, nessa partida conseguiu completar apenas um passe para touchdown. Aliás, o coordenador defensivo dos Giants tem conseguido um excelente trabalho mesmo perdendo muitos jogadores no início da temporada. Nessa lista estão DeAndre Baker e Sam Beal na posição de CB, o ILB David Maio e o FS Xavier McKinney, que estão na IR e devem voltar para a segunda metade da temporada. 

Por fim, uma questão que critiquei semana passada, dessa vez merece elogios. Os Giants cederam apenas 5 de 13 situações de terceiras descidas. Certamente esse foi um dos motivos pelo qual o jogo se manteve o tempo todo com o placar próximo. 


Graham Gano

O melhor pontuador do time merece uma consideração especial aqui, não é? Só não sei se é motivo para rir ou chorar.


Jogo terrestre

Está longe do ideal, isso é fato. Mas como foi uma partida em que o jogo terrestre funcionou melhor, vale colocar como ponto positivo pela evolução. Pela primeira vez, passamos das 100 jardas totais nesse quesito, com destaque para Wayne Gallman que conseguiu 45 jardas em 6 tentativas (7.5 jardas de média). Tem muito o que fazer ainda nesse quesito e esse foi só o primeiro passo.


Pontos negativos


Andrew Thomas

Essa semana tenho olhado com um pouco mais de cuidado para a linha ofensiva dos Giants. Me chama a atenção o fato de Andrew Thomas, quarta escolha geral do último draft e teoricamente o mais preparado da classe para chegar na NFL e já jogar como titular, ser o pior tackle em números da liga. 

A linha ofensiva dos Giants demanda mais entrosamento, afinal três deles assumiram a titularidade nesse ano. Essa é a formação de uma equipe que mais demanda entrosamento para ter sucesso e sei que isso tem afetado o jogo de Thomas. Mas ele precisa mostrar mais para quem foi escolhido numa posição tão alta do draft. Ou seja, é inadmissível ele ser o pior da liga.


Daniel Jones

O jogo de Daniel Jones estava tranquilo e aceitável em termos de turnovers. Era uma partida em que ele aparentemente estava cuidando mais da bola, até que veio o último drive dos Giants na partida. Era a última oportunidade do time no jogo e as coisas estavam acontecendo bem. DJ havia conseguido conectar um excelente passe de 33 jardas para Darius Slayton e, em seguida, conseguiu sobreviver a um sack correndo com a bola e conquistando assim o first down

Porém, ao chegar na linha de 18 jardas do campo dos Rams e com 57 segundos no relógio, Daniel Jones tenta um passe para Damion Ratley, próximo da sideline. Acabava ali o sonho de empate da partida, visto que depois de uma execução ruim no passe de DJ, a interceptação aconteceu e os Rams garantiram a vitória.

Aliás, a execução de passes foi um problema para Jones nessa partida. Além dessa interceptação, Jones teve uma conversão de terceira descida comprometida por mandar a bola muito alta para Golden Tate e outras duas conversões por mandar a bola muito baixa. 


Touchdowns

Incrível pensar que esse time não consegue converter um TD há 8 períodos. Mais incrível ainda é pensar que Daniel Jones marcou seu último no primeiro jogo contra os Steelers. O resultado disso é óbvio, um time que não consegue impor seu jogo ofensivo e tem jogado toda a responsabilidade nas costas de sua defesa. Jason Garrett precisa urgentemente criar alternativas para que esse ataque entre no campeonato.


Golden Tate

Não pela partida, mas pelas cenas lastimáveis no final dela. Golden Tate e Jalen Ramsey tornaram problemas familiares em um motivo para partirem para a briga no final do jogo. A NFL deveria olhar com cuidado para situações como essa e punir jogadores que promovem esse tipo de coisa.


Considerações finais


Linha ofensiva

Jason Garrett nitidamente ainda não confia nesse grupo de jogadores. Na próxima semana, contra o rival de divisão que passa por problemas com sua secundária, fico na torcida para que Garrett coloque a bola de profundidade no playbook. Clique aqui e veja como é o estilo de jogo de Garrett e porque ele precisa ganhar confiança nessa unidade antes de deixar o Daniel Jones soltar o braço.


Calouros recebendo snaps

Na última partida, pudemos ver alguns snaps de Matt Peart, RT calouro selecionado na terceira rodada do draft. Como essa é uma unidade em formação e em desenvolvimento para o futuro, esse é um jogador que devemos ver com mais frequência nas próximas partidas. Vale ficar de olho.

Além dele, vimos também alguns snaps de Tae Crowder, LB escolha de sétima rodada do último draft. A participação foi pequena e tímida, mas foi possível perceber que, pelo menos por enquanto, a ideia é contar com a sua velocidade para cobertura.


Título da divisão

O Giants está 0-4 e por incrível que pareça, o time ainda está na corrida pelo título da divisão. Não que eu acredite que isso vá acontecer, ok? Mas é curioso. 

Impressionante como a divisão detentora do maior número agregado de títulos de SuperBowl da NFL e a única que tem todos os times campeões de Super Bowl decaiu tanto nesses últimos anos. 

E aí gostaram? Deixe seu comentário ou entre em contato.

Rômulo Ruggeri: 35 anos, torcedor do New York Football Giants. Grande adepto de sua equipe, Rômulo já esteve no MetLife Stadium. Acompanha a NFL desde que as transmissões se iniciaram no Brasil. Sempre por dentro das particularidades da liga, também é bastante participativo nas análises dos times e jogadores.
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